Ela sopra,
com força o ar quente e sensual,
da sua boca que se confunde com o calor da noite
que entra pela fresta da janela.
Alta vai a noite
nessa cama pornograficamente escaldante,
noite diabólica,
o vira e revira corpo e pensamentos,
procurando a posição mais correcta,
e acima de tudo uma ideia que a refresque e adormeça.
Metade da cama é o espaço que lhe cabe,
que ali no outro lado, estou eu, derretendo.
Ela emana um calor adormecido
e goteja um suor perfumado ao toque do meu corpo,
delineia uma fronteira invisível nesse lençol amarfanhado,
das voltas e reviravoltas.
Ela bebe a água quente, da garrafa,
molha cabelos, pescoço e pêlos,
olha o branco do teto e rende-se,
ao sabor do calor,
à fadiga,
à insónia,
encaixa-se em mim pelas costas em forma de concha,
cola pernas,
costas no meio peito,
sente a minha boca no seu pescoço,
e puxa a minha mão,
para lá do delta de Vénus e encharcada de suor,
entrega-se a doces prazeres diabólicos...
com força o ar quente e sensual,
da sua boca que se confunde com o calor da noite
que entra pela fresta da janela.
Alta vai a noite
nessa cama pornograficamente escaldante,
noite diabólica,
o vira e revira corpo e pensamentos,
procurando a posição mais correcta,
e acima de tudo uma ideia que a refresque e adormeça.
Metade da cama é o espaço que lhe cabe,
que ali no outro lado, estou eu, derretendo.
Ela emana um calor adormecido
e goteja um suor perfumado ao toque do meu corpo,
delineia uma fronteira invisível nesse lençol amarfanhado,
das voltas e reviravoltas.
Ela bebe a água quente, da garrafa,
molha cabelos, pescoço e pêlos,
olha o branco do teto e rende-se,
ao sabor do calor,
à fadiga,
à insónia,
encaixa-se em mim pelas costas em forma de concha,
cola pernas,
costas no meio peito,
sente a minha boca no seu pescoço,
e puxa a minha mão,
para lá do delta de Vénus e encharcada de suor,
entrega-se a doces prazeres diabólicos...
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